quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Int apresenta panorama do biocombustível nos últimos 90 anos

    Na terça-feira (16), o ciclo de palestras Terças Tecnológicas tem uma edição especial, com o tema do carro a álcool ao bioquerosene de aviação. A edição integra a programação da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT) e as comemorações dos 90 anos do Instituto Nacional de Tecnologia (INT/MCTI).
    O diretor do INT, o engenheiro de produção Domingos Naveiro, mostrará a trajetória das pesquisas em biocombustíveis realizadas pelo instituto. A atividade, gratuita, será realizada no instituto, no Rio de Janeiro.
Já na década de 1920, o INT, então chamado de Estação Experimental de Combustíveis e Minérios (EECM), avaliava o uso do álcool em motores automotivos. Um Ford de quatro cilindros foi preparado para os testes. Em agosto de 1925, percorreu 230 km em uma corrida no Circuito da Gávea, no Rio de Janeiro, na primeira prova automobilística realizada pelo Automóvel Clube do Brasil. No mesmo ano, o carro fez os percursos Rio-São Paulo, Rio-Barra do Piraí e Rio-Petrópolis. O combustível era álcool etílico hidratado a 70% (com 30% de água).
    De lá para cá, foram inúmeras as soluções encontradas pelos pesquisadores para a utilização de biocombustíveis. Na década de 1930, eles viabilizaram a mistura do álcool com a gasolina importada, que passou a ser obrigatória, na porcentagem de 5% a 10%. No mesmo período, o instituto realizaria as primeiras pesquisas para a produção de biodiesel, a partir de oleaginosas nativas como a mamona e o dendê.
    Em momentos difíceis da nossa economia, o INT gerou alternativas como a tecnologia do gasogênio, usado como substituto da gasolina durante a Segunda Guerra Mundial, e a viabilização da mistura do álcool à gasolina, a partir da crise do petróleo, na década de 1970.

Novos biocombustíveis

As pesquisas continuam gerando resultados e inovação. Uma das linhas é o etanol de segunda geração. O processo transforma a celulose do bagaço e da palha da cana em açúcares fermentáveis, que são convertidos em etanol. As mesmas usinas que já produzem o açúcar e o álcool de primeira geração podem assim aproveitar a biomassa residual, aumentando sua produtividade.
Os trabalhos também abarcam pesquisas para a produção de hidrogênio de etanol e gás natural, além de biocombustíveis de diversas oleaginosas. Em outra linha, estão sendo desenvolvidos novos biocombustíveis para substituição do querosene usado pelos aviões.

Postado por: Vitória Sant'Anna

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